Assim que foi anunciado o fim da greve, motoristas e cobradores se dirigiram para as garagens das empresas para retomar a circulação de ônibus.
Depois de quatro dias, a greve dos rodoviários chegou ao
fim. Em assembleia na manhã deste sábado (26), no Sindicato dos Eletricitários,
a categoria decidiu aceitar o aumento concedido pelo Tribunal Regional do
Trabalho (TRT) no julgamento do dissídio coletivo.
Durante a assembleia, o presidente do Sindicato dos
Rodoviários, Manoel Machado, determinou a volta imediata da categoria ao
trabalho. Agora, os motoristas e cobradores estão se dirigindo para as garagens
das empresas para retomar a circulação de ônibus nas ruas.
No julgamento do dissídio, na sexta-feira, a desembargadora
Maria das Graças Boness relatou que um conjunto formado por quatro
desembargadores concedeu, após debate e votação, um aumento de 7,5% para a
categoria, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além do
aumento do tíquete-refeição, de R$ 10,60 para R$ 11,22, e o retorno do
quinquênio – benefício concedido a cada cinco anos de trabalho na empresa.
Durante a paralisação, população teve que aguentar volta
para casa se apertando nos transportes disponíveis (Foto: Lorena
Vinturini/CORREIO)
O TRT considerou a greve abusiva e determinou que, se o
Sindicato dos Rodoviários (Sintroba) não retomasse as atividades ontem, a
categoria pagaria uma multa de R$ 150 mil, descontada diretamente da conta
bancária da organização. Em seguida, a cada 24 horas seriam descontados mais R$
50 mil, além de descontos dos dias parados.
O Sindicato das Empresas de Transporte (Setps) também
será penalizado. A desembargadora determinou que os patrões paguem uma multa de
R$ 75 mil no primeiro dia e R$ 25 mil nos subsequentes da paralisação. A
avaliação dos desembargadores é que não houve pró-atividade dos patrões para
que os rodoviários que quisessem trabalhar conseguissem colocar os ônibus nas
ruas.
Os rodoviários reivindicavam reajuste de 13,8% no
salário-base; retorno do quinquênio, retirado em 2006; e 30 tíquetes por mês de
R$ 12. Os empresários ofereciam reajuste dos salários em 4,98%; se negavam a
conceder o quinquênio; e queriam manter os atuais 26 tíquetes por mês de R$
10,60.
Em nota, a Secretaria Municipal de Transportes e
Infraestrutura (Setin) diz que o desfecho da assembleia resultou “no melhor
para a população, com o término da greve dos rodoviários, devendo os coletivos
voltarem à circular normalmente ainda nesta manhã de sábado”.
Fonte: Correio * Com informações do repórter Leo Barsan
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