Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (3), em
Salvador, os professores da rede estadual de ensino da Bahia suspenderam a
greve da categoria após 115 dias. Os professores seguiram em passeata do
Colégio Central, no bairro de Nazaré, à Praça Castro Alves no fim da manhã
desta sexta-feira.
"A ideia é suspender o movimento e marcar nova
assembleia dentro de um mês. Se o governo não cumprir as cinco cláusulas nós
voltamos com o movimento", disse Rui Oliveira, coordenador-geral do
Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (APLB-BA), ao apresentar a
proposta à categoria no início da assembleia.
Após a votação, a categoria anunciou o retorno das aulas
para segunda-feira (6). "Temos compromisso com a reposição, mas é preciso
que o governo devolva o dinheiro dos professores e depois o da entidade.
Receberemos os alunos de cabeça erguida", pontuou Rui Oliveira.
As cinco cláusulas da categoria foram apresentadas na
quarta-feira (1º) e pedem a readmissão dos professores demitidos e a retirada
de processos administrativos contra professores em estágio probatório; o
cancelamento dos processos judiciais contra o sindicato; o pagamento imediato
dos salários cortados; o repasse do dinheiro da contribuição sindical e o
retorno das negociações.
Na quinta-feira (2), o governo da Bahia respondeu à proposta apresentada
pela APLB-BA acatando as solicitações referentes às demissões, processos
administrativos, corte dos salários dos professores e repasses das
contribuições sindicais. O governo incluiu ainda a parte financeira, que não
foi citada na proposta dos professores.
"O governo absorve as posições expressas pela
categoria, mas precisamos de um retorno sobre a parte econômica para que haja
um acordo. A parte financeira da proposta é a mesma do termo de acordo
entregue pelo MP", disse o secretário de Comunicação Robinson Almeida.
A proposta salarial do governo mantém o reajuste cedido este
ano com variação entre 6,5% e 11,5%, além de conceder aos professores
licenciados da carreira de Magistério, por meio de curso de atualização,
promoções com ganho de 7% em novembro deste ano e 7% em março de 2013.
Sobre a questão salarial, Rui Oliveira se limitou a dizer
que a questão econômica não está em discussão nesse momento. "Ela já foi
rejeitada, não vou assinar", ressaltou.
Fonte: jorgequixabeira
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